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Vazamento de gás em Vacaria: polícia indicia sobrevivente por homicídio culposo de companheira e enteadas
17 abril 2024 - 14h13
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A Polícia Civil indiciou por homicídio culposo (sem intenção) um dos sobreviventes do incidente com um gerador elétrico que deixou quatro pessoas mortas em Vacaria, na Serra do Rio Grande do Sul, em 10 de março. De acordo com o inquérito entregue nesta terça-feira (16) à Justiça, Maique Santos da Silva, de 31 anos, "tinha o dever legal de vigiar quanto ao não-ligamento e/ou desligamento do motogerador e, assim, impedir com que o fato ocorresse".

O advogado Ezequiel Carlotto, que acompanhou Maique durante o inquérito, afirma que vai se manifestar após se inteirar do assunto. "Não tive acesso aos autos ainda após a conclusão. Desta forma, assim que tiver ciência do contexto, nos manifestamos", diz.

A companheira e três enteadas do investigado morreram de asfixia por monóxido de carbono. Em depoimento, Maique afirmou que a família adormeceu antes de desligar gerador.

Maique chegou a ficar internado em estado gravíssimo na UTI de um hospital, mas se recuperou e recebeu alta oito dias depois do episódio.

Além dele, outros dois enteados sobreviveram. Um menino de nove anos e uma menina de sete ficaram 22 dias internados.

Inquérito

A Polícia Civil ouviu testemunhas, familiares das vítimas e os próprios sobreviventes para analisar o caso. O delegado Anderson Silveira de Lima afirma que o laudo da perícia atestou que as vítimas morreram com uma concentração superior a 50% de carboxiemoglobina, que é o indicador da exposição ao monóxido de carbono no sangue.

Ao concluir que o sobrevivente tinha o dever de vigiar o gerador, a polícia afirma que ele deveria "impedir com que o fato ocorresse, pois já havia operado o equipamento várias vezes e era um dos adultos responsáveis pelo ligamento e desligamento do motogerador". O crime de homicídio culposo foi majorado porque duas das vítimas tinham menos de 15 anos de idade.

O inquérito, com 243 páginas, foi remetido à Justiça. Agora, o Ministério Público analisa a investigação, podendo pedir novas apurações, arquivar o caso ou denunciar o investigado pelos crimes.

Fonte: Rede Globo

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